Desde 2018, temos visto que o volume de IPOs têm aumentado e só em 2020, R$ 45 bilhões em volume de ofertas de ofertasam na B3.
Em 2021, em apenas 6 meses, o mercado brasileiro captou quase o mesmo valor do ano passado (pouco mais de R$ 36 bilhões). São mais empresas chegando ao mercado e em montantes que os gestores profissionais com equipes volumosas conseguem acompanhar. Assim, aumenta o número de opções a oportunidades e oportunidades de encontrar.
Será que o IPO realmente dá dinheiro?
Vamos relembrar o que significa o termo IPO. O chamado “Initial Public Offering” ou “Oferta Pública Inicial” é o processo pelo qual ações de uma empresa passam a ser negociadas na bolsa de valores pela primeira vez, tornando-se uma empresa de capital aberto.
Casos como Locaweb e Méliuz multiplicaram o capital de seus investidores por 5x em um curto espaço de tempo, enquanto Moura Dubeux e Plano & Plano estão amargando perdas de aproximadamente 30%-50%.
E se nós levamos em conta as ofertas que levaram entre 2020 e 2021, feitas em torno de 5 novas ofertas públicas e 35 tiveram retornos positivos.
Em outras palavras, ao investir em um IPO aleatório de dinheiro, havia 63% do investidor ganhar. E esses 35 um vencedor, 30 deles tiveram acima do índice. Além disso, entre os vencedores, 43% tiveram acima de 50%.
Mas então se tem sido positivo entrar em IPOs, será que é sempre um bom negócio entrar em todos?
Não é a primeira vez que temos um estrondo de IPOs na bolsa brasileira. O último foi o último entre 2004 e 2007, quando ocorreu um grande número de ofertas. Nessa época havia todo tipo de negócio estreando, alguns que tiveram sucesso, como Localiza, que só multiplicou o capital dos seus acionistas em 80x, enquanto o Ibovespa 4x.
Porém da mesma forma que existem casos de extremo sucesso, há uma lista maior de casos de sucesso. Vejamos os 127 casos de IPO feitos entre 2000 e 2007, por volta de 67 deles seguem negociando na bolsa brasileira. Sendo assim, é possível visualizar a primeira diferença, visto que a “mortalidade” já beira 50%.
Desses 67 que restaram, por volta de 27 deles tiveram uma rentabilidade superior ao CDI. Isto, uma situação muito diferente do que vimos no passado. Por isso é atraente que o investidor se atente à muitos pontos. O primeiro é que a assimetria de informação é eminente. Sem muito histórico, é difícil fazer uma análise mais profunda. Um segundo, seria o cronograma de ofertas e o prazo que o investidor tem para decidir, algumas semanas somente para estudar como empresas.
Os gestores de ações, com equipes qualificadas, gastam entendendo como companhias antes de investir ou de colocar ações no portfólio. Fazer o mesmo trabalho com poucas informações de antecedência e sem muita tarefa é uma tarefa dura.
Atenção, investidor!
IPOs são ótimos para o mercado, afinal, abrem oportunidades. Entretanto, são extremamente difíceis de serem apresentados por conta dos problemas de calendário e assimetria de informação. Como qualquer investimento em renda variável, entre em um IPO seus riscos. Por isso, seguem algumas orientações que podem ajudar na tomada de decisão e talvez uma oportunidade possível:
Análise da empresa
O mesmo utilizado na hora de uso em recursos de empresas já o processo já é avaliado da B3. É necessário entender como é a gestão da empresa, seus resultados, potencial e sua participação no mercado de atuação.
Cuidado extra
No caso dos IPOs é preciso ter um cuidado extra, já que a empresa não tem histórico de desempenho na bolsa para analisar e, em alguns casos, nem comparação. Assim, é preciso encontrar outras formas para avaliar o potencial da empresa.
Análise do prospecto da oferta
É nesse documento que a empresa divulga as informações, não só sobre a captação da empresa, mas também os objetivos da empresa. Este dado é fundamental para os investidores entenderem o potencial de crescimento da companhia.
Por fim e não importante, conte com a ajuda de especialistas!
Este disponibilizado sob demanda, consiste em um material de referência meramente informativo não sendo oferecido consultoria, oferta de oferta em breve, ou resumo para compra ou venda de material, configuração ou produto específico. Este podcast não tem relação com objetivos financeiros, situação ou necessidade particular de um destinatário específico, não deve servir como fonte de informações no processo decisório do investidor que, antes de decidir, deve realizar, preferencialmente com a ajuda de um profissional devidamente qualificada, uma avaliação minuciosa do produto e riscos face a seus objetivos pessoais e sua tolerância a risco (Adequação).
O post IPO: tire todas as suas dúvidas apareceu primeiro no Sublime Finanças | Dicas sobre investimentos.