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Petrobras pode pagar entre US$ 5 bi e US$ 10 bi em dividendos adicionais, diz Goldman Sachs

Se você busca um bom pagador de dividendos para sua carteira, o Goldman Sachs aponta um nome menos comum nesse tipo de conversa: Petrobras (PETR4). Segundo o banco, a estatal pode anunciar até US$ 10 bilhões em receita adicional no primeiro trimestre de 2022, dado o sólido impulso operacional e financeiro da empresa.

Em relatório divulgado hoje, os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Martins destacaram as novas estimativas do Goldman para o barril de Brent – cerca de US$ 125 no segundo semestre de 2022 e cerca de US$ 115 no próximo ano – e aplicar esses números à previsão para Petrobrás. Como resultado, o banco está agora mais otimista em relação ao desempenho financeiro de curto prazo da empresa.

Chamou atenção o Ebitda do primeiro trimestre (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) previsto para um forte aumento de 81%, para US$ 15,8 bilhões, valor 30% superior ao consenso na época. Em bases anuais, o lucro líquido da Petrobras deve chegar a 31,7 bilhões de reais; no mesmo período de 2021, foi de 1,3 bilhão de reais.

E, como se a notícia não fosse boa o suficiente, o Goldman Sachs apresentou outra estatística que soou como música para os ouvidos dos investidores: pagar mais aos acionistas na forma de dividendos – o banco tem uma soma de cerca de US$ 50 a US$ 100. milhões, mas ainda há espaço para até US$ 10 bilhões em compensação adicional.

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Petrobras (PETR4): dividendos fartos a caminho?

Por que os analistas do Goldman Sachs acreditam que a distribuição de dividendos da Petrobras (PETR4) é tão generosa? Bem, tudo faz parte da política de remuneração dos acionistas da própria empresa.

Os regulamentos da petroleira vinculam o valor do dividendo à dívida total: se o compromisso financeiro for inferior a US$ 60 bilhões, a Petrobras poderá distribuir um valor acima do normal aos acionistas – pelo menos até o final de 2021, o total da empresa dívida era de US$ 58,7 bilhões.

Portanto, o Goldman assume que essa condição será novamente cumprida no primeiro trimestre deste ano. Nesse caso, os dividendos podem ser de até 60% da diferença entre o fluxo de caixa das operações (FCO) e os investimentos (Capex). E, de acordo com os cálculos do banco, a conta deve ficar em torno de US$ 5 bilhões.

Mas há um porém: o fluxo de caixa da Petrobras deve aumentar no primeiro trimestre à medida que os preços do petróleo sobem. E, se a empresa também levar em consideração os dados de abril – o balanço está previsto para 5 de maio – os resultados seriam ainda mais ricos, em US$ 10 bilhões.

E como interpretar esse número?

Pois bem, o cenário mais otimista apontado pelo Goldman Sachs implica em um dividend yield – a relação entre os dividendos pagos por ação e o preço unitário de uma ação – de 10%. Essa métrica mede a lucratividade dessa receita; em geral, as taxas de dois dígitos são bastante atraentes.

No entanto, vale lembrar que os investidores devem considerar alguns fatores na hora de distribuir seus ganhos. A compra de ações pode ser feita com o objetivo de ganhar dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), mas também é possível esperar o prazo para comprar ações mais baratas e aproveitar os descontos relacionados à remuneração dos acionistas. É tudo uma questão de estratégia.

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